feminismo

Todo mundo me viu pelada na frente do bloco de carnaval

Escrevi três crônicas sobre o carnaval em Belo Horizonte deste ano. Esta aqui é a terceira delas, O Corpo, escrita depois de alguns dias fazendo e refazendo esse texto.

Falo da função árdua e recompensadora de participar da corda do bloco, manejar a massa pra lá e pra cá rua abaixo. Também falei da segurança que construímos para nos desnudarmos no meio da rua, uma luta silenciosa cujos resultados se vêem na quantidade de mamilos à mostra nos blocos. E preparem-se: ano que vem seremos muitas mais!

“Eu vou pra rua por mim. Não tiro a roupa para me sentir sexy, desejada. Não faço dieta nem academia pra sair mais “gostosa” no carnaval. Não quero atrair olhares, tenho dificuldade em receber atenção — e é por isso que eu uso cílios postiços bem grandes, meu par de máscaras. Me desnudo porque quero libertar meu corpo totalmente pelo menos esses cinco dias do ano. Dançar até me acabar, coberta de brilho e suor, sem medo.”

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Há uma epidemia de violência contra a mulher – e aí?

Ou será que a violência apenas começou a ser noticiada?   Nas manifestações que envolvem todo o país, é lamentável a quantidade de cartazes machistas que pipocam pela internet e pelas ruas. Criaram até um tumblr pra eles.   É chocante ver tantos cartazes errados nas manifestações que nós entendemos como “corretas”, ou pelo menos com reivindicações interessantes?   É. Mas eles estão nas ruas sem vergonha nenhuma exatamente porque essas pessoas que os empunham não enxergam que estão erradas. Que não acham que existe nada errado em objetificar uma mulher, em diminuí-la, em considerá-la incapaz para certas coisas, em

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