Foram 10 longas horas de voo de São Paulo à Cidade do México. Conexão megalópole a megalópole, coisa que se nota de primeira (e de última), ao olhar o avião decolar e pousar. Cruzamos a poluição e as nuvens de São Paulo para sair, atravessamos a poluição mexicana para chegar. Mas fora esse traço comum (e triste), meu primeiro dia foi gasto notando as diferenças de uma cidade para a outra.
Ao contrário do de São Paulo, sair do aeroporto é fácil pelo transporte público: ele é conectado por uma estação de metrô (5 pesos mexicanos, +- 1 real) fácil de achar (saia pela Porta 1 do Terminal 1).
Ao contrário de São Paulo, o metrô é velho e balança muito. Deu medo de ele cair pro lado nos trilhos, mas acho que isso não acontece de verdade. Os ônibus são bem velhos também, exceto os metrobuses, que são os BRTs da cidade.
Ao contrário de São Paulo, as avenidas são todas muito arborizadas e cheias de ciclovias – nada a ver com a impressão de “México desértico” que os filmes americanos passam pra gente.
Ao contrário de São Paulo, tem muitas praças (que eles chamam de parques) com árvores grandes.
Ao contrário de São Paulo, a comida de rua é uma instituição e os vendedores não parecem ter medo dos fiscais da polícia.
Ao contrário de São Paulo, tem muita gente vendendo tranqueira e pedindo dinheiro.
Ao contrário de São Paulo, a cidade é muito plana.
Ao contrário de São Paulo, não existem muitos arranha-céus. É uma cidade espalhada por muitos quilômetros.
Estou ficando os primeiros dias mexicanos na casa da Gabi, minha amiga brasileira que mora aqui. Ela mora na Colónia Roma Norte, bairro dentro do distrito central de Cuauhtémoc, um dos mais antigos do Distrito Federal. Fomos passear pelo bairro e ela foi me mostrando mil cafés, bares, restaurantes, lojinhas e pedacinhos da cidade que vou precisar conhecer no tempo que estiver por aqui. É muita coisa, mas Roma não foi construída em um dia. Amanhã tem mais!
Gabi no pátio interno de sua casa <3