Graças a diversas promoções de passagens aéreas para aqueles lados do globo, tenho visto muita gente indo viajar para a Tailândia. Viva! O país é incrível!
A revista Viagem & Turismo, para a qual escrevo como jornalista freelancer, me pediu para responder à pergunta de uma leitora:
“É seguro viajar para a Tailândia? E quanto vai me custar?”
A resposta está publicada na edição de Abril da Viagem & Turismo!
Abaixo, publico o que não coube nas páginas da revista
Por se tratar de um país em desenvolvimento, com muita pobreza mesmo, existe muita gente que fica com medo de ir pra lá, mas olha: não precisa ter medo! A Tailândia é um dos países mais seguros que já visitei, além de ser fácil de viajar por lá e muito barato! Lá em 2012, quando estava fazendo uma volta ao mundo de mochilão durante 9 meses, escrevi sobre a sensação de ser uma brasileira na Tailândia. Na viagem que fiz em novembro de 2015, encontrei bem mais brasileiros, mas minhas impressões se reforçaram: praia é bom, mas montanha, comida e cultura são o que mais me atraem no país.
A Tailândia é um dos principais destinos de mochileiros europeus, especialmente depois que eles terminam a faculdade. São gente jovem, inexperiente em viagens, com pouca grana e sem noção dos paranauê da vida que temos que lidar aqui no Brasil. Para muitos gringos, é sua primeira viagem internacional sem a família e por isso o país está preparado para recebê-los com toda comodidade (e baixos preços). Se tá fácil pra eles, tá bem mais fácil pra nós.
A oferta de albergues (hostels) bons e baratos é ampla, agências de turismo local realizam diversos passeios interessantes e deslocar-se de uma cidade a outra é bastante fácil, ainda que a língua oficial do país seja o tailandês (que é difícil de falar e de ler para quem não entende aqueles caracteres de minhoquinha!). Se você souber um inglês básico, já é suficiente para se comunicar e se virar no Sudeste Asiático. Os cardápios dos restaurantes e barraquinhas de comida, placas de trânsito e avisos em geral estão traduzidos para a língua na maior parte dos casos e, quando não estiverem, basta perguntar em volta que algum tailandês, com a amabilidade que lhes é característica, poderá ajuda-lo.
Se não souber o que são as comidas do mercado, pergunte, experimente, seja amável com a atendente que ela será com você também 🙂
O país é bem mais seguro do que o Brasil em termos de criminalidade. Há pouquíssimos casos de assaltos e andar na rua é geralmente bastante seguro, inclusive à noite. Só é preciso tomar cuidado com furtos (especialmente em zonas turísticas) e com “armadilhas pra turistas”, como tours que vendem mais do que entregam e passeios que são muito mais legais no folheto do que na vida real. Minha dica é que ele pesquise sobre a confiabilidade do serviço na internet, entre viajantes e também na recepção do hostel em que estiver hospedado.
A tentação de alugar uma scooter e sair por aí será grande, mas só recomendo se ele souber dirigir bem. Não é preciso carteira de motorista nem nenhum documento para alugar uma e acidentes são frequentes.
O principal perigo que ele pode enfrentar é o de uma intoxicação alimentar. Lá não tem Anvisa nem segurança alimentar, mas se muitos tailandeses estiverem comendo em um lugar, é lá que eu escolho comer, pois a comida provavelmente será saborosa, fresca e limpa.
Meu critério é sempre esse: barraquinha cheia de pessoas locais?
É lá que quero comer!
E ainda fico de olho no que eles estão pedindo pra pedir igual 😉
Um ótimo programa, se você gosta de cozinhar, é aprender a preparar alguns pratos de cozinha tailandêsa em Chiang Mai, no norte do país.
Fiz aula de cozinha tailandesa com a maravilhosa Yui, do A Lot Of Thai. Ela é uma querida, muito boa professora, tem inglês ótimo e conhece o Brasil! Ela inclusive me deu dicas de onde encontrar os ingredientes tailandeses em mercados em São Paulo <3. A comida tailandesa de rua é maravilhosa, não se deixe dominar pelo medo de provar 🙂
Dica pra quem não curte pimenta: pet nit noi significa “um pouco apimentado”, mae pet significa “pouca pimenta” e mai sai prik significa “não acrescente nenhuma pimenta”.
Nem sempre os atendentes cumprem a promessa de servir sem pimenta, então fique de olho na preparação e faça cara de desesperado quando ver que ela vai pegar o molho de pimenta, hehehe!
Faça isso sempre com bom humor, os tailandeses respondem mal a cara fechada, braveza e pior ainda a xingamentos.
A melhor época para ir é entre os períodos de monções, sendo que de novembro a janeiro são minhas datas favoritas pois não está tão cheio de turistas europeus (que vão pra lá em massa durante suas férias de verão, de julho a setembro), não chove e os campos de arroz estão verdinhos, uma paisagem inesquecível.
Let’s talk about money
Falando de preços, existem hostels bem arrumados com diárias a partir de 10 dólares em Bangkok. A média de valores preços diminui ao norte (Chiang Mai e Pai são dois destinos ótimos) e aumenta um pouco ao sul, nas zonas de praia, tanto na costa do Golfo da Tailândia (Koh Phangan, Koh Tao e Koh Samui são as ilhas mais conhecidas) quanto na costa do Mar de Andaman (Koh Phi Phi e Krabi são os destinos mais procurados daquele lado do país). Pessoalmente, conheço apenas Koh Phangan – preciso voltar e conhecer o resto? Sim!
O mais caro da viagem, mesmo, é a passagem de avião. Eu ainda tive sorte nessa última vez: achei uma promoção incrível e paguei 500 dólares na passagem de ida e volta! Mesmo pagando tarifa cheia, levando em conta os gastos diários, é certo que você irá gastar bem menos do que em qualquer viagem para a Europa ou Estados Unidos e vai se deparar com maravilhas naturais e diferenças culturais que vão te marcar para sempre.
A média de preços de comida de rua (que é deliciosa, variada e abundante) é de 1 a 3 dólares por refeição e ele consegue comer muito bem com até 5 dólares se for a restaurantes mais arrumados. Sim, é muito barato mesmo!!! A refeição mais difícil pra mim era o café da manhã, porque eles curtem pimenta em todas as horas do dia.
Tá esperando o quê pra marcar sua passagem?
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