Todo aquele clichê do “ocidente se encontra com o oriente” e “o passado convive com o presente” é verdade em Istambul. Ela é moderníssima, cosmopolita, tem vida cultural agitada e juventude efervescente. Mas também possui a “igreja mais inspiradora da Europa” (Hagia Sophia), mesquitas antiquíssimas, azulejos pintados à mão com a maior riqueza de detalhes do mundo, muros que foram derrubados e reconstruídos, mulheres de véu e sem véu, mostrando os ombros ou não e a canção mais popular do mundo islâmico, que vem das mesquitas, 5 vezes por dia.
Os turcos em Istambul têm uma relação com a religião bem parecida com a do Brasil: existem aqueles que super acompanham, vão à mesquita, rezam todas as orações bonitinho e tal, e tem os que fizeram os rituais quando eram pequenos por causa dos pais, que vão à mesquita de vez em quando, que nem sabem se vão casar no religioso ou não, que não jejuam no ramadam… enfim, um jeitinho “muçulmano não praticante”.
Mas claro que essa é Istambul, imagino que outras cidades turcas tenham diversos níveis de ortodoxia que parecem mais relaxados na maior cidade da Turquia (a capital é Ancara, uma espécie de Brasília deles).
Fora os programas de guias de turismo padrão, que valem a pena, como ir à Hagia Sophia, à Mesquita Azul, à Basilia Cistern, a casas de banho turco, ao palácio Topkapi, ao bazar de especiarias e ao Grand Bazaar etc, recomendo:
Passear por Taksim desprentensiosamente
Desça no metrô de Taksim e caminhe pela rua Istiklal e arredores, observando os turistas e os turcos fazendo compras em lojas moderníssimas, tome um sorvete turco tradicional (Dondurma), que é mais denso do que o sorvete italiano, desça até a Torre Galata e pague para subir lá apenas na hora do pôr do sol. É bonito ver as 3 porções de água de Istambul em uma vista só: o Bosphoros, o Golden Horn e o mar de Mármara. Fique por alí durante a noite: os turcos jovens compram cerveja no mercadinho em frente e se sentam na praça, socializando com todo mundo! Rola música, rola paquera, rola bebedeira. É bem bonito de ver e participar. Quando cansar, lá pras 2h da manhã, suba até o bar Peyotte (para drinks e música eletrônica nos fins de semana) ou o Beat (de tudo um pouco, todos os dias da semana) para uma baladinha legal. Os dois ficam por Taksim, mas não tenho ideia de como chegar lá sozinha, sorry!
Pedale pela ilha de Buyukada
O ferry para as Princes Islands custa só 3 liras turcas (3 reais) e, em si, já é um passeio ótimo! A Buyukada é a maior das ilhas. Lá dá pra alugar bicicleta (tem que ser mountain bike, porque tem muita subida e descida no caminho!) e rodar pela ilha. Os carros estão proibidos e a paisagem é lindíssima. Mar azul, natureza, good vibes e a maioria dos turistas são de Istambul mesmo – programa super local!
Tome muito chá, o çai, em diversos pontos bonitos da cidade
Na foto, Pierre Loti, um bar que fica no alto de um morro no fim do canal Golden Horn. Dá pra chegar lá com a combinação ferry + bondinho!
Outros lugares onde tomei chá com vistas espetaculares pra cidade:
– Parque de Cihangir, o bairro hipster de Istambul (vista para onde atracam os navios cruzeiro no mar de Mármara)
– Qualquer café na região de Moda, no lado asiático de Istambul (pode ser tanto uma vista pra própria rua, pra fazer uma observação de pessoas, ou no cantinho mais pra lá de Moda, onde há um café com vista pro Mármara e além)
– Laterne, um café que tem çai de kiwi e uma vibe pracinha do lado de dentro. A vista é pra rua, observando as pessoas passarem.
Ir à Sapphire Tower, o segundo prédio mais alto na Europa
Além da vista megalegal, principalmente durante o pôr do sol, eles têm um vídeo em 4D que sobrevoa Istambul e as atrações turísticas da cidade. Espirram água em vc, o banco mexe, etc etc. Divertido se você tiver um tempo a mais na cidade e amigos empolgados.
O que não fazer:
Correr entre os pontos turísticos mais importantes sem olhar em volta, fazer cara de medo pros espetos com carne (come, é bom! A não ser que vc seja vegetariano…), pegar só metrô e ignorar as rotas à pé da cidade (que é linda só de caminhar por aí e se perder), comprar sem barganhar na primeira loja que você ver no bazaar (Istambul não é a Índia em termos de loucura de diferença entre o preço real e o que eles dizem para os turistas, mas barganhar é essencial), ficar em casa à noite todos os dias. Não tô dizendo que você precisa virar um “party animal”, mas conhecer a vida noturna dessa cidade é parte do turismo obrigatório!
Deu pra perceber que nada desagradou a autora deste post em Istambul. Gostei mto!
Oi, Liv. Tudo bem?
Seu post foi selecionado para a #Viajosfera, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com
Até mais,
Natalie – Boia Paulista
opa, de novo? Legal 🙂
Pingback: nhatinha.com | uma menina baiana» Blog Archive » aprendendo com os turcos