4 apps de celular para você não se perder (sem querer) por aí

Quando fiz minha volta ao mundo, meu smartphone foi a principal traquitana tecnológica que usei. Passei os 9 meses de viagem sem computador nenhum e com uma câmera digital simples que raramente saiu da mochila. Inclusive os posts deste blog foram escritos na telinha do celular – acredite! Também não carreguei guias de viagem na mochila, são muito pesados e não contêm informações que eu não possa coletar nos guias de outros viajantes ou conversando com pessoas (nativos e turistas). Minto: em algum momento no Laos eu ganhei um Lonely Planet do Mianmar, mas o perdi em um ônibus após ter lido a introdução (que aliás é ótima para entender a situação política do país – leia mais sobre minha experiência por lá).

Neste post listo os 4 aplicativos que mais usei para ajudar a me encontrar (e a me perder). Vale lembrar que o seu corpo é melhor do que qualquer app! Palavras (mesmo que com pronúncia péssima), gestos, sorrisos e olhar atento são a melhor e mais primária forma de se comunicar e conseguir o que precisa (:

Google Maps

Os mapas do Google são os melhores do mercado até agora (quem são mesmo os concorrentes? Apple Maps e Bing Maps? Risos). Além de cartografias precisas de quase todas as partes do mundo disponíveis gratuitamente, o app tem uma função que nem todo mundo conhece: você pode baixar as informações cartográficas de uma região para aqueles momentos sem wifi nem 3G.

Não é magia, mas é um truquezinho escondido. Em ambos os apps, faça zoom na área desejada e digite “Ok Maps” na busca e voilá! Aprenda a salvar mapas offline. No app para Android também há um botão específico “disponibilizar offline” nos resultados da busca.

O serviço não está disponível no Brasil (lágrimas), mas aqui tem uma lista completa de lugares prontos para download quando você precisar.

Faça o download:

City Guides Trip Advisor

Descobri esse aplicativo quando já estava na Europa, pulando de cidade em cidade rapidamente. A cada novo lugar que ia, baixava seu aplicativo específico (se houvesse). Ele tem várias dicas legais de restaurantes e lugares turísticos, mas o mais legal mesmo são os roteiros autoguiados gratuitos. Tem roteiro para ser feito à pé, de transporte público ou de bicicleta, dependendo da cidade. E eles são separados por temas nem sempre convencionais. Neste post narrei minha experiência com um tour de bicicleta de arte urbana em Amsterdã, com foco em esculturas de rua.

Outra vantagem do app são as resenhas feitas por outros usuários. Mas, como todo conteúdo colaborativo, não confie em tudo que lê!

Baixe os apps das cidades que for visitar:

Travel Guides Triposo 

Os guias da Triposo são ótimos onde os da Trip Advisor falham.

A principal vantagem são os mapas offline – uma beleza. A cidade que vai visitar tem um guia deles? Nem se preocupe em baixar o Google Maps da região.

As informações dadas sobre cada atração turística também são de boa qualidade, frequentemente com algum histórico sobre o lugar e pequenas curiosidades, além do essencial “o quê, quem, como, quando, onde,  por quê e que horas”.

Baixe os dois apps e nunca mais fique perdido. Ou fique, né, tem desorientação que nem a tecnologia consegue solucionar.

Google Tradutor 

Tive uma conversa com um cara do Iemen, no Oriente Médio, completamente mediada por esse app quando estava em um hostel em Amman (Jordânia). Ele só sabia falar árabe e alemão (!!) e eu só sabia os meus básicos português, inglês e espanhol. Mas a língua não foi uma barreira graças à tecnologia!

Um bom aplicativo se você quiser ultrapassar as frases básicas de comunicação.

O app evoluiu bastante nos últimos anos. É possível traduzir palavras e frases como no site, digitando-as ou escrevendo-as com o dedo (ótimo para traduzir escritas não alfabéticas, como chinês, sânscrito, hebraico e árabe). Ao virar o celular na horizontal, a palavra traduzida aumenta de tamanho – sua tela de celular vira uma plaquinha dizendo o que você precisa.

Ainda que você precise de internet para traduzir textos, é possível salvar as traduções mais importantes para usar depois e também ver as últimas offline.

Não tive muitas dificuldades de encontrar pessoas que falassem inglês por onde viajei, mas sei que países como China, Rússia e muitos lugares na América Latina são um terror para quem não fala a língua local. Mas pronto, agora você não morre mais de fome (:

Mas ó, recomendo que aprenda a dizer algumas palavras assim que chegar – nem todo mundo consegue ler, especialmente as pessoas que trabalham nos setores de serviços de países mais pobres, e dizer obrigada, tchau e “que comida gostosa!” na língua local sempre traz um sorriso.

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