Chuva, granizo, nevasca… quando o mau tempo não ajuda

Não adianta espernear, fazer bico, pirraçar, culpar São Pedro: tem dias que o tempo simplesmente não estará para o turismo e será preciso mudar de planos.

 

Aconteceu comigo semana passada. Depois de quatro dias de tempo maravilhoso em Guanajuato, peguei um ônibus para San Miguel de Allende, a apenas 1h de distância, com o sol ainda brilhando. Mas bastou chegar e fazer check-in no hostel que as nuvens dominaram o céu. Deu pra ir ver a famosa catedral da cidade antes de a chuva cair. Primeiro fina, dava para abrir o guarda-chuva e caminhar de um ponto turístico a outro, mas depois foi pesando, pesando, pesando… impossível continuar.

Mau tempo instalado, o que fazer? Eu só tinha um dia e meio para conhecer San Miguel de Allende e não parecia que a chuva ia dar nenhuma trégua (como não deu).

 

Para mim, viajar é feito de caminhar, pegar transporte público, sorrir para estranhos, explorar lugares que não estão marcados no mapa da secretaria de turismo, perder-se e encontrar-se, dar espaço para o inesperado, para pessoas e situações novas. É observar com olhos de quem acaba de nascer, expandir o meu universo conhecido a cada passada em direção ao novo. E como fazer isso se eu preciso correr rápido de um lugar coberto para outro? Não tem como. Relaxei. Paciência.

 

Se não dá pra estender a viagem (e torcer pro tempo melhorar nos próximos dias), só existem duas alternativas: vestir galochas, capa de chuva e sair na marra ou encontrar um lugar agradável para passar o tempo. Existe um ditado norueguês que se traduz como “não existe tempo ruim, existem roupas ruins”.

 

Mas eu só tinha roupas ruins (para a chuva) e não estou mais na Noruega, onde o clima é imprevisível, mas previsivelmente ruim.

 

Optei pela segunda alternativa. Um amigo que conheci na Cidade do México mora em San Miguel, então entrei em contato com ele e nos sentamos em um bar-café, de onde vimos a chuva cair forte sobre os telhados e terraços charmosos da cidade (foto do post tirada do nosso ponto de observação).

 

Não era exatamente o que eu tinha planejado para minha estadia, mas é melhor que ficar zanzando molhada e de mal humor entre um lugar e outro. Os pontos turísticos de San Miguel de Allende ficam para a próxima vez, quem sabe.

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