Hong Kong é basicamente dividida em 4 partes turísticas principais: a ilha de Hong Kong, onde estão a maioria dos shoppings, Kowloon, em frente à ilha, com endereços mais tradicionais chineses e mercados de rua, New Territorries, a parte afastada e meio “do campo” da península, e também a ilha de Lantau, onde fica o aeroporto, a Disneylandia e o buda gigante (que é bem legal – veja foto abaixo).
De longe, o passeio mais especial que fiz (depois de encontrar dragon dances por acaso na rua em Kowloon) foi a trilha de Ping Shan, em New Territories. Para chegar até ela, basta pegar um metrô até a estação Tin Shui Wai e sair pela porta E. Já da pra ver a pagoda (templo budista, eu acho…) de dentro da estação.
Essa trilha só tem um quilômetro e passa por locais históricos construídos pelas primeiras pessoas que ocuparam a região.
Os prédios que achei mais interessantes foram:
A pagoda
Ela é bonitinha, mas o que eu realmente achei interessante foi saber que antes ela ficava às margens do rio. Agora ela está cercada de prédios modernos e o rio só dá as caras bem mais pra frente
(e está completamente sujo).
A cidade murada
É todo um conjunto de casas cercado por um muro alto.
Ainda tem gente morando lá, assim como algumas ruínas e uns prédios modernos construídos por cima da estrutura antiga.
A escola e a casa de hóspedes
Sem dúvida essa foi a parte mais especial do passeio! Uma contextualização: os prédios ficam abertos até 17h e já eram 18h quando chegamos lá, por isso as portas dos lugares estavam fechadas.
Mas um velhinho nos estava observando tirar fotografias da fachada e nos chamou para mais perto. Acontece que ele é o dono dos edifícios (seu trisavô os construiu há 142 anos) e nos abriu todas as portas – inclusive as que o departamento de turismo proibiu a entrada.
Um tour privado com o expert!
A casa de hóspedes funcionava como moradia para os professores que vinham de fora. Nenhum dos dois edifícios usa qualquer tipo de prego, todas as junções (inclusive escadas que não rangem nem um pouco) foram feitas usando encaixes da própria madeira. Uau!
Eu estava muito desconfiada do nosso “guia”, mas foi incrível e eu não tinha razões para ter qualquer medo… E o cara (esqueci seu nome…) é um gênio: olhou bem pra mim e disse “Você é brasileira”. Whaaaat? Ele disse que tava na minha cara que eu era brasileira – mas eu acho que ele fez feitiçaria, hahaha. Ele também acertou que a Angela, que estava fazendo o passeio comigo, era do Canadá.
Como já estava ficando de noite, concordamos que nenhum outro lugar da trilha seria tão incrível quanto esses dois prédios, então voltamos pra ilha de Hong Kong com o coração feliz pelas boas coisas espontâneas que podem nos acontecer.
Nossa que velhinho fofo! Às vezes, ele era o fantasma das ruínas uuuuhhhh…Por isso ele sabia que vc era brasleira..Uhum..
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