Cidades greco-romanas e a necessidade da imaginação

Depois de ~~sobrevoar~~ a Capadócia, o segundo maior programa turístico no interior da Turquia é conhecer as cidades historiquíssimas de Hierápolis e Éfesos.

Hierápolis

A região também é chamada de Pamukkale, referente às piscinas naturais calcáreas formadas pelas águas termais que brotam por ali. Antigamente, Hierápolis era uma cidade para onde as pessoas iam buscar cura para seus males (ou apenas morrer em paz por ali).


As ruínas gregas são bem bonitas e a cidade é relativamente grande – levei uma manhã para percorrer tudo. Mas as estrelas do lugar são mesmo as termas e a piscina do antigo banho romano que ainda funciona (e é dominada pelos turistas russos semi nus).

As piscinas naturais são branquíssimas! A água é morna e a lama branca que se acumula no fundo é boa para a pele (a minha virou um pêssego nos dois dias seguintes, incrível).

Cheguei mega cedo, às 8h da manhã, quando não havia ninguém no lugar – os tours começam às 9h30. Deu pra fazer fotos, caminhar em paz e ainda evitei o solão do meio dia que castiga o verão da região. Quando cheguei ao fim do sítio arqueológico que eu comecei a ver grandes massas de gente – as piscinas tão vazias nas minhas fotos estavam lotadas e os banhos romanos pulsavam ao som de música eletrônica e tudo era um grande clube AABB no fim de semana de BH.

Para chegar lá, tomei um ônibus noturno de Göreme (Capadócia) e comprei um outro que saía às 16h para Selçuk, cidade próxima a Éfesos.

Éfesos

Cheguei no entardecer e só deu tempo de fazer check-in no hotel, jantar com a família do dono (<3!) e descansar. Pela manhã do dia seguinte, peguei uma van na rodoviária que vai até Éfesos.

Dei azar: as ruínas estavam ENTUPIDAS de gente! Não tive muita paciência para caminhar por aí, pois era levada pelas hordas turísticas cantadas em todos os idiomas possíveis. E estava muito quente. Acho que teria aproveitado mais se tivesse ido à tarde (os tours são geralmente pela manhã e meio turno é suficiente para ver tudo, pois é uma cidade bem “condensada”).

E, bom, são RUÍNAS, então tem muita coisa, muita coisa mesmo, que você precisa olhar na figura da placa, olhar pras pedras empilhadas, olhar de novo pro desenho de como eles imaginavam que era o prédio, e então se convencer de que os arqueólogos devem estar certos e aceitar como fato o que está escrito na placa.

O melhor conservado dos edifícios é a biblioteca, que antes era cercada por outras paredes de todos os lados – e talvez por isso tenha ficado de pé. Fachada impressionante, interior bem pequeno. Sei lá, não devia ter tanta gente que sabia ler na época, né? Vamos dar um desconto.

Curti os mosaicos que ficavam na frente das lojas do bazar – cada um deles é diferente na frente de cada loja, para diferencia-las.

Em Éfesos também é possível visitar a casa onde Maria, a mãe de Jesus, morreu – ela foi morar com o evangelista João depois da crucificação de Jesus e todo aquele drama bíblico.  Não fui, porém dizem que é legal.

Na noite deste longo dia de andanças, viajei de volta à minha amada Istambul. Não consegui escrever um post para ela ainda, essa cidade roubou meu coração!!!

4 comentários em “Cidades greco-romanas e a necessidade da imaginação”

  1. Oi Livia!

    Faz tempo que sua mae me falou desse blog, mas ficou guardado nos confis da minha memoria e agora estou lendo tudo de uma vez, rs. Se tivesse lembrado um mes antes, teria em poupado muitas duvidas que tive que sanar sozinho… mas sozinho tambem é bom, né? é engraçado ver como identifico muitos pensamentos e decisoes seus como sendo os meus, e me sinto um pouco mais seguro deles assim – viajando sozinho as vezes fico pensando se nao estou ficando louco, hahaha.

    Escrevi nesse post especificamente porque foi exatamente assim que me senti em Roma, onde insisti por uma semana que queria conhecer melhor a antiguidade classica. Mas no fim ruinas sao ruinas, e se nao tem uma plauqinha que te diga o que esta olhando, vira uma pedra qualquer. E quando te dizem, haja imaginaçao!!!

    BOm compartilhar essa experiencia com voce, mesmo que assim, distantes no tempo.

    Um abraço!

    1. que delícia ler seus comentários! 🙂 fico feliz que curtiu o blog. Ainda faltam posts da minha viagem do ano passado, então dê uma passadinha de vez em quando, rs. E logo começo a falar das viagens desse ano tb! *suspense*
      Beijão, querido!

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