Dicas para conhecer Recife pelo estômago

Meu querido amigo Alan Albuquerque tem um olhar especial sobre as coisas. Ele recentemente viajou a Recife e região (para o carnaval 2015!) e enviou este e-mail de viagem para seu amigo Peagá. Alan atua como relações públicas em São Paulo e, quando viaja, tende a querer comer tudo, o que faz com que suas dicas de passeios sempre incluam o que comer, onde comer. Então… prepare-se para viajar gastronomicamente a Pernambuco lendo o texto dele! Depois deste post, você vai saber exatamente onde e o que comer em Recife.

Obrigada, Alan, por compartilhar seu e-mail de viagem com o blog! Quem quiser mandar suas dicas também (de viagem pelo Brasil ou exterior), encaminhe para livia.aguiar@gmail.com

 

Comer em Recife

Por Alan Albuquerque

Oi Peagá,

Segue a minha lista de coisas preferidas de Recife:

 

restaurante de comida tradicional. se prepara para comer até explodir. preço justo.

fica na casa amarela, bairro zero badalado.

fica numa rua escondida e nem tem placa. é uma porta tipo de casa normal e você vai entrando. sobe as escadas e chega.

entradas preferidas: caldinho de mocofava e escondidinho de camarão (foto acima)

prato preferido: arroz de terceira

sobremesa: era tipo um sorvete com cocada e tapioca, coisa assim

 

esse é um restaurante mais fancy, um pouquinho mais caro, mas achei que valeu a pena.

fica perto do centro, numa rua que tem outros restaurantes fancy e que também são bem falados.

comi um prato de camarão com gergelim que tava excelente.

 

a parte mais velha da cidade se chama bairro do recife, ou recife antigo. é uma ilha.

tem um largo bem central lá chamado marco zero. do marco zero você pega umas canoas que atravessam o canal e te levam até uma espécie de deque que tem esculturas do brennand (você vai ouvir falar muito dele).

se você caminha até a outra extremidade dessa espécie de deque, chega a esse restaurante. antigamente era como uma estância onde a nobreza tomava banhos de água natural — daí casa de banhos. o negócio foi ficando decadente e acabou pegando fogo no século passado. hoje em dia funciona como um restaurante com vista privilegiada.

 

o preço é um pouco salgado, mas vem MUITA COMIDA. não tem prato individual.

pedi o prato mais famoso, a moqueca de arraia (deliciosa) e aquilo servia três pessoas tranquilamente.

depois tem que pegar a canoa pra voltar, rs.

 

pizza deliciosa a preço de banana.

 

o mercado da boa vista é um dos lugares com vibes mais legais que visitei na cidade.

o mercado é tipo uma pracinha com vários bares em volta.

um dos mais famosos é esse bar do neto, onde tem que comer macaxeira com carne mesmo.

 

bar/café de cervejas importadas, artesanais, tudo. um charme. fica no recife antigo, no meio das ruas estreitas e bonitas, o que dá uma graça a mais pro lugar. dois dias seguidos eu fui nesse bar e emendei com outro pertinho, cujo nome não me lembro, mas que fica na praça do paço do frevo. esse bar da praça sempre tem gente cantando música tradicional e do lado de dentro é muito bonito

 

complexo de bares simprões no centro. é onde todo mundo se encontra para beber cerveja baratíssima. um monte de mesas de plástico espalhadas no quarteirão inteiro, bem do jeito que a gente gosta, rs. se você tiver coragem, acho que é uma boa ocasião para comer um tira-gosto típico: a passarinha, que nada mais é que placenta de vaca frita, tipo bife. não encarei 🙂

 

mercearia coberta de quinquilharias do chão ao teto. todo mundo se junta na porta desse lugar; de vez em quando tem alguém tocando forró. basicamente a ideia é ficar de pé bebendo e dançando na rua — lembrando que as ruas do centro histórico de olinda são lindas demais.

 

  • também em olinda fala-se muito de um restaurante chamado xinxim da baiana, de comida baiana, mas estava em reforma.
  • ainda em olinda: fui a um bar meio ruim, meio sem graça, mas com uma vista maravilhosa, pois fica praticamente dentro do mar. chama marola.

café caro mas com estrutura incrível no recife antigo. são três andares. no segundo, um sofá gostoso para sentar paquerar, se você estiver com chamego com alguém. no terceiro, um terraço incrível. no primeiro, uma loja com coisas legais, tipo suvenirs, porém caras.

 

  • Bares da Rua da Moeda

basicamente outra concentração de bares onde todo mundo se encontra 🙂 o trânsito da rua fica fechado, então as mesas ficam espalhadas pela rua. também é recife antigo, ao pé da estátua do chico science.

 

recife-alan-eusouatoa

Ver em Recife

museu com estrutura de ponta, que conta a história do frevo – a qual se mistura com a história do próprio carnaval da cidade.

fica no recife antigo.

o primeiro andar é beeeem histórico, com a história do frevo contada no detalhe, de ano a ano, percorrendo o século passado inteiro. é meio cansativo, mas curti.

o segundo andar tinha uma exposição temporária fraca.

o terceiro andar é um show!!!

 

  • outro museu super bem falado lá perto é o cais do sertão, mas acabei não conseguindo ir :/ confundi os horários nas duas vezes que tentei entrar e dei com a porta fechada.

 

a família brennand é uma das mais tradicionais e ricas de pernambuco.

o instituto ricardo brennand é uma espécie de castelo (?!?!) onde a família guarda coisas.

essas coisas podem ser bem kitschs, como na primeira exposição que estava montada lá.

essas coisas podem ser preciosidades, como o acervo incrível que aborda o período de ocupação holandesa. pinturas de registro e documentos maravilhosos para ver.

essas coisas podem ser uma ode ao ego do ricardo brennand, como a super coleção de armas brancas (?!?!) expostas no fim do castelo. é estranho mas impressionante.

o lugar como um todo é bem bonito. o acesso é complicado; o instituto fica atrás do campus da universidade federal. e atenção para os horários de visitação, que são restritos.

um outro membro famoso da família é o francisco brennand, escultor mais famoso de pernambuco e ainda vivo. tenho dúvidas se gosto das coisas dele. ele tem um atelier aberto que dizem ser incrível, mas não consegui visitar, pois o acesso também é difícil.

 

  • Passeio de catamarã no Capibaribe

parte do forte das cinco pontas um passeio de catamarã que percorre a área central da cidade, no capibaribe.

o passeio tem coisas toscas, como a narração do guia, o incentivo a bater palmas debaixo das pontes e a trilha sonora do barco. no entanto, ver a cidade desse ponto de vista é incrível.

 

só tem dois horários de passeio, no fim da tarde e à noite. fui no fim da tarde, adorei. atenção, o lugar de onde o barco parte, esse tal forte das cinco pontas, também é de acesso um pouco complicado. o ideal é ir de táxi (nem de bicicleta recomendo). no caminho de volta, recomendo que você desça do catamarã ainda na passagem dele pelo marco zero, sem completar o caminho de volta até o forte. assim você consegue se locomover melhor pela cidade em seguida.

aliás, falando em bicicleta, toma cuidado ao andar. o trânsito de recife, além de cheio, é bem indisciplinado.

 

  • Praia de Boa Viagem

aquilo é um pecado. a praia é linda demais, mas não dá pra nadar por causa dos tubarões. ainda assim acho que vale o passeio, pois a praia é agradável e bonita. o melhor point é em frente à padaria boa viagem. siga a tradição pernambucana e tome caldinhos quentes (o meu preferido era o de peixe) debaixo do sol rachando. tem ostra baratinha também; não gosto.

 

  • Mercado São José

é o ‘mercado central’ de recife, super tradicional. vale muito ir para ver o tipo de coisa que se vende. tem suvenir barato também. perto do mercado fica um centro cultural, cujo nome me esqueci, que também dizem ser ótimo para comprar artesanatos e coisinhas. não consegui ir. funciona numa antiga cadeia.

 

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  • Porto de Galinhas/Carneiros (FOTO ACIMA)

eu vinha ouvindo falar mal de porto de galinhas; diziam que era cheio demais e isso tornava a praia zuada. não sei se é porque fui depois do carnaval, mas não tava lotado e achei a praia deslumbrante.

 

quando a maré tá baixa, você consegue ir andando até o meio do mar, sobe nos arrecifes (cuidado!), anda no meio dos peixes, é demais. o centrinho da vila é fofo, mas tem que procurar bem para não cair em armadilhas como os restaurantes caros estilo pega-turista. fiquei num hostel bacana, mas hippie demais, deixava a desejar na limpeza. acho que a melhor pedida lá é ficar no chez lagarto mesmo, que também tem ótima localização.

 

de porto de galinhas dá pra fazer passeios legais, como mergulhos (fiz), bugs (não deu tempo) e carneiros (totalmente imperdível, mas se prepare para pagar uma fortuna pela única opção possível de almoço. o melhor mesmo é levar uma matula.) ah, e no passeio de catamarã, cuidado na parada dos arrecifes. teve gente que escorregou e machucou, teve um moço que pisou em ouriço. o melhor passeio que fiz em arrecifes foi numa praia de paulista — cidade acima de olinda — chamada maria farinha. foi paradisíaco, mas acho que não tem passeios comerciais de barco até lá. só fui porque o amigo de um amigo de um amigo tinha lancha.

 

se for a porto de galinhas, super recomendo jantar nesse lugar. comi salada um dia e crepe no outro, tudo tava incrível!!!!

saudades de lá! no mais, passe bastante filtro solar, aproveite a simpatia do povo pernambucano e perambule pela rua da aurora (arrume um filme qualquer para ver no cinema são luiz, lindíssimo!!!!), pelo recife antigo e me diz se não dá vontade de morar lá 😉

 


 

Fotos do post: Alan Albuquerque, cedidas gentilmente ao blog para acompanhar este texto 🙂

 

Muito obrigada, Alan, por compartilhar seu email de viagem com o eusouatoa.com! Já deu muita vontade de voltar a Recife e provar tudo que você recomendou!!!

 

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1 comentário em “Dicas para conhecer Recife pelo estômago”

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