Inhotim – tudo que você precisa saber para visitar o maior (e melhor) museu a céu aberto do mundo!

Já visitei Inhotim 11 vezes e até agora não tinha escrito um post no blog sobre esse museu que eu amo tanto (uma vergonha, sério…). Pronto, agora está redimida a minha dívida com o espaço 🙂 Confira abaixo todas as informações que você precisa saber para aproveitar ao máximo a sua visita ao museu!

 

Inhotim está instalado em 140 hectares de fazenda transformados em museu e jardim botânico no município de Brumadinho, a 60km de Belo Horizonte, MG. É impossível conhecer tudo em uma visita! Mesmo quem separa dois dias para visitar Inhotim não conseguirá aproveitar tudo que ele tem a oferecer, então já aceite que você vai precisar voltar outras vezes, hehehehe. Aliás, é legal voltar em diferentes épocas do ano, porque as plantas e animais mudam bastante em cada uma delas!

Esta última visita que fiz a Inhotim foi patrocinada pelo De Rolê Por Brumadinho (no instagram @derole_por_brumadinho), que organiza passeios em Brumadinho para além de Inhotim. Mas é claro que a gente ia ter que visitar o museu também, né? Olha o nosso grupo que sorridente:

 

 

Nosso guia foi o Junio César, que nasceu no bairro onde hoje funciona o museu, trabalha há 10 anos com a Instituição (desde quando era só uma fazenda do Bernardo Paz) e é apaixonado por arte contemporânea. Junio é especializado em botânica e arte contemporânea e guia formado pelo SENAC. ADOREI a visita guiada por ele! Recomendo muito quem estiver procurando um guia para ajudar a entender as obras do museu: @juniocesarguia

 

 

Escolher qual trajeto visitar na sua primeira ida ao museu é tarefa muito difícil… mas eu tenho algumas obras preferidas e vou mostrar elas pra vocês!

 

A obra que eu mais gostava em Inhotim não está mais lá, era o Murder of Crows, da Janet Cardiff e do George Bures Miller. Uma instalação de som narrando um sonho, muito sensacional… infelizmente não está mais lá.

 

MAS a última galeria que abriu, depois que desativaram o Murder of Crows, ganhou meu coração e não fico mais tão chateada com a perda da obra: o pavilhão da fotógrafa Cláudia Andujar. São mais de 400 fotografias de Claudia quando esteve na Amazônia entre os índios Yanomami, em períodos de 1970 a 2010!

São fotos sensíveis, íntimas e impactantes. Vale a pena perder muito tempo lá prestando atenção em cada foto:

 

 

Felizmente, Janet Cardiff tem outra obra sonora em Inhotim (sdds Murder of Crows!! Voltaaa!), que é The Forty Party Motet. O vídeo abaixo tem uma entrevista com Cardiff e mostra a instalação (mas essa é em outro lugar, sorry não achei um vídeo bom da instalação em Inhotim).

 

 

O Pavilhão Cosmococas é uma grande instalação do Hélio Oticica sobre os efeitos da cocaína no corpo. É muito muito interessante e como eu gosto de interagir com as obras, amei cada um dos salões. Na sala que toca John Cage, tem até uma piscina! Levem roupa de banho se quiserem 🙂

 

 

Confesso que não sou muito fã da Adriana Varejão, mas a galeria dela é lindona por fora e por dentro é bem impactante, como esse muro “recheado de carne”, em homenagem aos dois amantes que foram esmagados dentro do Edifício Linda do Rosário (no alto, uma pintura de uma planta carnívora, que eu só vi nessa 11a visita ao Inhotim!):

 

 

Já que estamos num museu a céu aberto, recomendo muito todas as obras que misturam arte à paisagem, como esse Caleidoscópio, de Olafur Eliasson:

 

E o que dizer dessa galeria da Valeska Soares que quase se funde com a paisagem?! Dentro tem uma instalação de vídeos e espelhos que vale muito a pena conferir!

 

 

Lá no alto do morro fica uma das minhas obras preferidas, o Beam Drop, de Chris Burden. Ele jogou várias vigas de metal do alto de um guindaste dentro de uma piscina de concreto e do jeito que elas caíram, ficaram. Olha que efeito lindo:

 

 

Veja a performance que instalou todas essas vigas em seu lugar na piscina de concreto:

 

E não podia faltar o Desvio Para o Vermelho do Cildo Meireles nessa coleção de fotografias. Um quarto TODO com objetos vermelhos: quadros, cadeiras, tapetes e até uma geladeira vermelha só com comidas vermelhas! Depois, a sala dá prum corredor escuro e uma pia de onde sai um líquido vermelho… muito muito legal entrar nessa obra!

 

 

Esse pavilhão chama Sonic Pavillion, de Doug Aitken, e tem um microfone a 200 metros pra baixo da terra que transmite os barulhos do subsolo dentro dessa sala. Considerando que esse o Inhotim é um museu financiado pela mineiração, é um lugar interessante para ir e parar um pouco. Ele fica no alto de um dos morros de Inhotim, mas geralmente eu aconselho a quem tem pressa que suba para o outro lado, porque tem mais obras, e deixe o Sonic Pavillion para o segundo dia ou se der tempo no primeiro dia…

 

 

Bom, fora todas as obras de arte sensacionais, vale a pena também ficar de olho nas plantas todas do jardim botânico – tem uma mais linda que a outra, em paisagens criadas por diversos paisagistas brasileiros e internacionais.

 

Olha essa banana rosa!!

 

Só tem uma coisa: ao contrário do que se diz por aí, o Burle Marx, migo do Niemeyer e paisagista que tem vários jardins pelo mundo, não participou de nenhuma obra de paisagismo de Inhotim. Ele era amigo do Bernardo Paz, mas morreu antes que o museu começasse a ser construído. No entanto, Burle Marx parece ser uma inspiração para os paisagistas que projetaram o jardim botânico.

INFORMAÇÕES GERAIS

O museu abre de terça a sexta-feira de 9h30 às 16h30 e até 17h30 aos sábados, domingos e feriados. O museu fecha às segundas.

A entrada custa R$44 a inteira, exceto na quarta feira, dia gratuito!

Quem paga meia: crianças até 12 anos,  idosos acima de 60 anos, pessoas com deficiência + um acompanhante, estudantes com carteirinha de identificação, professores das redes pública e privada, funcionários da Cemig (se apresentarem crachá da empresa), funcionários da Vale (se apresentarem crachá) e 3 dependentes (se apresentarem RG e carteira da AMS), assinantes do jornal Estado de Minas, ID Jovem e moradores de Brumadinho participantes do programa Nosso Inhotim. Ufa.

Também dá pra contratar o carrinho: o parque-museu é enorme e tem gente que prefere poder fazer alguns dos trechos usando os carros de golfe, eles custam R$30 por pessoa (menores de 5 anos não pagam) para percorrer as rotas pré-estabelecidas.

O pagamento pode ser feito com dinheiro, cartões de débito e crédito e vale-cultura da Visa e Alelo.

 

Ah! A partir do dia 23 de janeiro de 2018, é obrigatória apresentação do cartão de vacinação contra febre amarela!

Sem ele, você nem entra no museu… medidas de segurança após alguns casos sérios de febre amarela na região metropolitana de Belo Horizonte – e querendo ou não, Inhotim tá no meio do mato, né? Melhor prevenir.

 

Para mais informações acesse o site do museu: www.inhotim.org.br

COMO CHEGAR

Saindo de Belo Horizonte, é tranquilo chegar a Inhotim de ônibus, mas melhor ainda se for de carro…

Tem uma linha que sai da rodoviária de BH às 8h15 da manhã e volta 16h30 durante a semana (sábados, domingos e feriados a volta é às 17h30), cada trecho custa em média 38 reais e é um transporte operado pela Saritur (reserve sua passagem aqui).

Eu acho esse serviço caro, o aluguel de um carro barato é R$80 reais +-, então acho que vale a pena alugar um bem basiquinho – fica ainda mais barato se você dividir o custo com mais alguém (afinal, tem aí o gasto com gasolina que não tá incluído no aluguel).

Eu geralmente aconselho as pessoas a pegarem transporte público sempre que possível, mas o preço desse ônibus pra Inhotim tá um absurdo e só tem uma opção de horário pra ir e pra voltar. Se você não dirige, bom, pelo menos há o ônibus 🙂

 

Outra opção é ficar hospedado em Brumadinho! Se você estiver aproveitando um feriado prolongado, vale a pena reservar uma ou duas noites em Brumadinho e fazer outros passeios pela região, além de Inhotim! 

 

Esta última viagem que fiz a Brumadinho foi organizada pela De Rolê Por Brumadinho, agência de receptivo turístico que pode ser contratada para fazer alguns passeios durante a estadia na cidade. Com elas, nós conhecemos o famoso e delicioso restaurante Ponto Gê, da chef Genilda Delabrida, fizemos workshop de pão de queijo, visitamos a Cachoeira Carrapatos, em Piedade do Paraopeba e passamos um dia inesquecível nos quilombos Marinhos e Sapé.

 

Confira os posts desses passeios e já programe sua viagem pra Brumadinho!

Onde ficar em Brumadinho

Existem diversas opções de hospedagem em Brumadinho, estes foram os hostels que acolheram nosso grupo durante a viagem:
Hostel 70 – primeiro hostel de Brumadinho, fica bem perto da rodoviária (2 quarteirões, dá pra ir à pé!)

Hostel Moreira – hostel numa casa um pouco afastada da rodoviária. O café da manhã é super farto e tipicamente mineiro: muitos bolos, pães de queijo, queijo, geleias…

Sobre a viagem

As empresas e guias parceiras da viagem foram:
De Rolê Por Brumadinho (no instagram @derole_por_brumadinho)
BrumaVip Turismo – transporte de BH até Brumadinho com uma van super bacana
Guia de InhotimJunio César nasceu no bairro onde hoje funciona o museu, trabalha há 10 anos com a Instituição (desde quando era só uma fazenda do Bernardo Paz). Junio é especializado em botânica e arte contemporânea e guia formado pelo SENAC @juniocesarguia
Jantar inesquecível no Ponto Gê <3 @ponto_ge_inhotim
Vivência nos quilombos Marinhos e Sapé @reibatuque
Workshop de pão de queijo na Casa da Horta @casadahorta53
Pub Crawl @pubcrawlbrumadinho: bares @bar.hashtag @kombozabar e @domquixotesnookerpub 
E, claro, a Prefeitura de Brumadinho, que fortaleceu com os transportes dentro da cidade @prefeituradebrumadinho 

Convidados da viagem: este blog <3, Mulheres Viajantes, Na estrada com as Minas, Mariana Viaja, Kari Desbrava, Sou+Carioca, Rodas nos Pés, Foco no Mundo, Canal Errei, Ideias na Mala, Diário de Turista, Hypeness e Azul Magazine. Coincidência ou não, só tinha um homem na viagem toda, hahahaha Vamos todas cair no mundo, mulherada! #minasqueviajam <3

Mais posts sobre a viagem a Inhotim e Brumadinho:

Mariana Viaja – Visita inesquecível e transformadora a uma comunidade quilombola em Brumadinho

Canal Errei – O melhor de Inhotim e Pub Crawl em Brumadinho – MG

Canal Errei – Inhotim – descobri o Ponto Gê em Brumadinho – MG

Foco no Mundo – Inhotim: dicas e tudo o que você precisa saber antes de ir

Mulheres Viajantes – Brumadinho, além do Inhotim

Rodas nos Pés – Apresentando BRUMADINHO ALÉM DE INHOTIM: muitas descobertas!

Ideias na Mala – Principais obras de arte de Inhotim – O Inhotim como você nunca viu antes

Hypeness – Além do Inhotim: o que fazer em Brumadinho, cidade-sede do maior museu a céu aberto do Brasil

Kari Desbrava – Brumadinho além de Inhotim: uma viagem pelo interior de Minas Gerais

Kari Desbrava – Inhotim: dicas do que conhecer
Foco no Mundo – O que fazer em Brumadinho além de Inhotim

 

Mais posts sobre museus pelo mundo:

 

https://eusouatoa.com/quatro-museus-na-cidade-do-mexico/

https://eusouatoa.com/museus-de-frida-kahlo-e-diego-rivera/

 

 

https://eusouatoa.com/museus-imperdiveis-e-outros-passeios-pelos-bairros-de-amsterdam/

 

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6 comentários em “Inhotim – tudo que você precisa saber para visitar o maior (e melhor) museu a céu aberto do mundo!”

  1. Pingback: Destaques de Viagem: 20 de Abril de 2018 – Roteiro Planejado

  2. Muito boa sua resenha Livia, dicas muito preciosas pra quem pretende conhecer Inhotim. Para quem pretende visitar a cidade de ônibus outra dica bacana é pesquisar nesse site aqui: https://www.passagensbr.com/home São diversos destinos do Brasil, e ainda é possivel fazer a compra da passagem de ônibus diretamente pelo site. Bem prático, vale a pena dar uma olhada!

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