Se você tem pouco tempo na Cidade do México e gosta de visitar museus incríveis, prepare-se para correr! A capital mexicana é a cidade com mais museus da América (sim, mais que Nova Iorque) e a segunda cidade com mais museus do mundo (perde para Paris)! A tradição mexicana em artes plásticas remonta aos povos précolombianos com seus murais e esculturas e segue muito forte no cotidiano. Os museus têm verbas para comprar acervo anualmente e a cena de arte é muito aquecida, cheia de pequenas galerias que exibem artistas novos e espaços culturais oficiais e não oficiais.
Com tanta oferta, é preciso decidir o que visitar em uma viagem rápida. Abaixo, listei 4 museus na Cidade do México que considero principais para ter um gostinho da cultura e da arte mexicana. Espero que ajude a planejar seu roteiro!
Detalhes da coluna de água/pilastra que sustenta a cobertura do pátio interno do Museo de Antropología
Museo de Antropología
O nome “antropologia” pode causar um certo estranhamento à primeira vista, mas entre os museus na Cidade do México, esse é o mais imperdível de todos. Especialmente se você for visitar ruínas pelo México e quer conhecer mais sobre a cultura indígena do passado e do presente mexicano.
O Museo de Antropología tem arquitetura impressionante! No meio do pátio interno tem uma cobertura gigante em forma de cogumelo (primeira foto do post), com apenas uma coluna cheia de entalhes com motivos pré-colombianos sustentando toda a estrutura. E detalhe: a coluna é também uma fonte de água, como você viu na foto acima.
As galerias são enormes e exibem artefatos de todos os sítios arqueológicos do México, além de vasta informação sobre culturas tradicionais mexicanas que existem até hoje. No andar de baixo, você encontra os achados arqueológicos dos povos antigos e no andar de cima estão os registros das tradições dos povos de hoje.
É impossível ver o museu todo em apenas um dia, então é melhor concentrar-se nas galerias sobre os lugares que você vai (ou já foi) visitar no país
Abre de terça a domingo de 9h às 19h.
Entrada: 64 pesos (domingos são grátis para mexicanos, se você fizer uma cara de chilango (quem nasce na Cidade do México) – ou for com amigos locais – pode ser que você não precise pagar também). Já pode ir treinando algumas expressões mexicanas.
Avenida Paseo de la Reforma, 1ª seção do Parque Chapultepec, metrô Chapultepec
Exposição de Sophie Calle no Museo Tamayo
Museo Rufino Tamayo
Principal museu de arte contemporânea do México. Abriga exposições temporárias em 5 diferentes espaços expositivos. Fica bem perto do Museu de Antropologia, mas eu não sei se você vai conseguir ver os dois com qualidade – o Museu de Antropologia exige muito do cérebro! Recomendo ir ao Tamayo num outro dia, aproveitando depois para passear pelo Parque Chapultepec e quem sabe fazer um piquenique.
O edifício foi projetado com influência do artista Rufino Tamayo, inicialmente para abrigar sua coleção particular. O museu foi um dos primeiros museus particulares do México, mas hoje é administrado pelo Instituto Nacional de Belas Artes.
Abre de terça a domingo de 10h às 18h.
Entrada: possui exposições gratuitas e outras pagas, a 21 pesos (é gratuito para todos aos domingo).
Avenida Paseo de la Reforma 51, 1ª seção do Parque Chapultepec, metrô Chapultepec
Casa-Museo de Frida Kahlo
Também conhecido como Casa Azul, esse museu funciona onde era antes a casa de Frida Kahlo. A casa foi construída por seu pai, Guillermo Kahlo, em 1911, e depois foi lar de Frida, Diego e seus inúmeros convidados (incluindo Leon Trotsky).
O acervo do museu compreende principalmente pinturas de Frida e o mobiliário de sua casa, que é enorme. Em seu estúdio, é possível ver suas tintas, livros e cadeira de rodas que usava para pintar. As duas camas onde ela passou o final de sua vida (uma para o dia e outra para a noite) estão no lugar que foram deixadas pela artista.
O jardim é lindo e o museu também tem uma lojinha e um café supersimpático.
Aberto de terça a domingo de 10h às 17h45, sendo que quarta abre mais tarde, às 11h.
Entrada: 120 pesos durante a semana e 140 pesos no fim de semana. Não tem dia grátis e geralmente tem muita fila, vá cedo.
Rua Londres 247, centro de Coyoacán, metrô Viveros ou Coyoacán.
Recomendo descer no metrô Viveros e caminhar pelos Viveros de Coyoacán (parque onde são cultivadas a maioria das mudas de árvore da Cidade do México) antes de chegar ao museu. Uma vez em Coyoacán, não deixe de visitar seu maravilhoso mercado e comer nas Tostadas Coyoacán.
Museo de Bellas Artes
É o principal teatro de ópera da Cidade do México, inspirado na Ópera de Paris. Seu teatro também oferece funções de orquestras, dança e teatro.
Devido à sua localização no meio do centro, que tem terreno muito instável, sua construção robusta e imponente só foi possível porque muito concreto foi injetado no solo. Na parte expositiva do Palácio, é possível ver belos murais de artistas mexicanos como David Alfaro Siqueiros, Diego Rivera, Rufino Tamayo e José Clemente Orozco.
As exibições são temporárias e geralmente apresentam artistas mexicanos contemporâneos. Quando fui, estava em cartaz uma exposição de Octavio Paz, com obras de artistas que o inspiraram e outras que foram inspiradas nos textos dele, além de instalações com audios, textos e originais do escritor.
Abre de terça a domingo das 10h às 18h.
Entrada: 49 pesos (grátis para mexicanos aos domingos – eu consegui entrar de graça tranquilamente, ninguém me fez entrar na fila de compra de ingressos, rs)
Avenida Juárez e começo do Paseo de la Reforma, centro histórico. Metrô Bellas Artes.
Hospede-se na Cidade do México
Pra mim, o melhor bairro pra se hospedar: perto do metrô, do metrobus (BRT) e de diversos bares e restaurantes
Hostel 333 – o hostel onde trabalhei na Cidade do México. Excelente localização, preços baixos, festas no terraço.
Hostel Home – hostel parceiro do Hostel 333 – mais calmo e com excelente wifi, hehe.
Opções no Centro Histórico:
Hostel Mundo Joven
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